quarta-feira, 5 de agosto de 2009

*FICANTES OU PASSANTES?*








Celulares perdidos, missões espirituais, invasões de extraterrestres: hoje em dia, tudo serve de desculpa para os moços que adoram desaparecer sem deixar vestígios.

A história é simples: eles se conhecem, saem juntos uma ou duas vezes, ela começa a se envolver, e ele faz o quê? Inventa uma desculpa esfarrapadíssima para sair fora ou simplesmente desaparece. “Lembra-te que és pó e ao pó voltarás”, dizia a inscrição na entrada dos antigos cemitérios. Os homens de hoje estão levando as palavras do evangelho a sério. Quando o ficar ameaça virar romance, eles se pulverizam. Ou seja: os ficantes nunca ficam. Nesse caso, não seria mais adequado chamá-los de passantes? Ou transeuntes? Faço a pergunta: por que está sempre se queixando dos homens que evaporam? Eu mesma respondo. Passantes tinha antigamente, hoje só aparecem andarilhos - não contam onde moram, não dão o número do telefone e, quando a gente menos espera, já estão com a mochila nas costas. É o ficante que não assume entende!!! A desculpa mais recorrente é sem dúvida essa: “perdi meu celular e fiquei sem o seu número”. A quantidade de aparelhos que 'some' é tão grande que eu chego a imaginar se não existiria por aí um cemitério de celulares, com dizeres como 'Aqui jaz um Nokia' ou 'Descanse em paz, Motorola'. Para uns a minha fila não anda, ela faz spinning.


Tem também a história da monografia, que tem que fazer para a faculdade. Quando o cara fala em monografia, as mulheres acreditam. O problema é que as mulheres romanceiam tudo, fazem mil planos e depois se decepcionam. Culpa nossa? Não. Agente cria expectativas porque eles dizem que vamos passar o réveillon juntos, descrevem os amigos que vão nos apresentar, enchem nossas cabeças de fantasias e, de repente, somem. E, quando um dia dão de cara com a gente na rua, ainda têm o cinismo de dizer: 'Oi, sumida!.'. Alguém merece?'
Merecer, não merecemos, mas vivemos passando por isso. Mas venhamos e convenhamos, tem mulher que gosta de por a bunda na janela pra neguinho passar a mão nela (já dizia meu amigo Gonzaguinha).Minha amiga Eliza, depois de passar um ano se correspondendo com um português pela internet, ela raspou a conta da poupança e foi conhecer seu amor virtual em Lisboa. No primeiro dia, um susto: ele contou a ela que era pai-de-santo. Foi um choque, mas ela manteve a elegância, que até então só sabia que ele era comerciante. O problema é que o português foi se retraindo cada vez mais e, no dia de levá-la ao aeroporto, soltou a pérola: disse que tinha uma missão espiritual na Terra, e que seu guia havia dito para ele se afastar de dela, porque essa missão não permitia que ele tivesse uma companheira. É o máximo da humilhação, você ser despachada por um pai-de-santo português!
Já a Julia, (coitada da minha amiga), entusiasmadíssima com um ficante com quem só tinha saído uma vez, esperou com ansiedade pelo segundo encontro. Passou o sábado se arrumando e, na hora H, nada. Ele não apareceu, não telefonou e não atendeu o celular. No domingo, Julia insistiu até conseguir falar, e aí ouviu a justificativa: ele tinha sido abduzido! Contou que estava voltando da fazenda com uns amigos quando viram uma luz estranha e a caminhonete em que estavam parou. Segundo o ficante, eles viveram algumas horas estranhíssimas - não viam ninguém, mas sentiam presenças diferentes e não conseguiam sair do local. Só foram 'libertados' de madrugada e por isso ele não apareceu, explicou. Fazer o que numa hora dessas? Xingar, bater, rir? Nessa aí o ficante se excedeu, recorrer a óvnis é muito, é demais!!!!!

MINHA CONCLUSÃO IMPLACÁVEL: Quando um homem está a fim de uma mulher, não existem obstáculos. E, quando ele perde o interesse, qualquer coisa serve de pretexto - até mesmo os ETs.


Cuide bem de voce.

Bjs doces



.Virgínia Lupinni

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